não me fales mais
dessa solidão de papel
eu ainda tenho a sede das oliveiras
a paciente sede
dos rios que nunca chegam
dos rios avistados
que não se podem tocar
eu ainda tenho a dor da terra queimada
a fortíssima dor
das chuvas que não voltam
das raízes que morrem
sem poder gritar
o teu nada
é só mais um perfume!
e eu
eu tenho sangue na voz
tenho no peito o grito do lobo
a imensa tristeza de uma lua
que o céu não quis
gil t. sousa
poemas
2001
ler-te é saciar a saudade que tenho de ti
ResponderEliminaré voz de um grito que queima
belo o que escreves gil,, tão belo que cada verso tem um tocar de emoção
um abraço onde a ternura mora
lena
Que maravilha...
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