Nós os intocáveis, os imundos, recusamos
nossa vida à condição comum.
Porque é intemporal a rosa que nos leva
entre o dia e a noite.
Nós os derrotados, impuros, oferecemos
nossa miséria a um significado
oculto e diferente –
asa branca na varanda
nome escrito nos telhados
estrada atravessando a terra de ninguém
Nós os últimos dos últimos coroamos
impérios e jardins
manuel de castro
surrealismo abjeccionismo
antologia selecionada por
mário cesariny de Vasconcelos
edições salamandra
1992
Muito bom, muito forte.
ResponderEliminarUm belo e sombrio poema.
ResponderEliminarAbri um link para o Canal de Poesia em meu blog.
Deixo um convite para uma visita ao Inscrições - www.inscries.blgospot.com
Obrigada, um abraço.