04 março 2007

a francisco





suave como o perigo atravessaste um dia
com a tua mão impossível a frágil meia-noite
e a tua mão valia a minha vida, e muitas vidas
e os teus lábios quase mudos diziam aquilo que era o pensamento.


passei uma noite colado a ti como a uma árvore de vida
porque era suave como o perigo,
como o perigo de viver de novo.







leopoldo maria panero
last river together
trad. g.s.
1980



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