sem título
na extensão imanente dos teus púberes dedos
outra linguagem
centelha apertada no corpo
desfeita pela lonjura das sombras
a letra levada a extremos
holograma da pele
investido em ângulos mais fracos
cada vez mais fracos
um prelúdio de esquecimento
gestação fúnebre do instante
o semblante do lugar
em puro desfasamento
afastado da luxúria
ao encontro da rugosidade do papel
dedos púberes e incompletos
registo óbvio da gnose
da leviandade
do próximo raio de tinta
o corpo
conteúdo da brevidade escutada
a centelha a desabrochar
no toque.
nuno travanca
o brilho momentâneo
ResponderEliminarno risco do papel
e de olhos fechados
deixo que os dedos furem a pele
em desenhos azedos
repelidos pela sombra
e um toque belo
o teu!
que se diz a tanta beleza?
nada...
só de lê e saboreia
lena