20 março 2006

post it / l. maltez

no bater das portas


entrei no lado azul da noite
em silêncio pesado

tropecei na verde porta
com palavras embrionárias

flui da obscuridade
sem nome de gente

empurrei o verão
esquecida, na inocência do tempo
do lado de lá, disseminei aromas
na magia dos ventos desabridos

rostos sedentos,
aterrados,
suspirantes no sossego
duma noite, sem paisagem
transpirada de azul

voraz passa incandescente
a idade louca de um tempo


l.maltez




3 comentários:

  1. oh para ela
    que bem lhe ficam
    as palavras
    como penas felizes
    nos versos
    como na brisa
    no poema
    como em pleno voo
    naquele olhar
    de ver-o-mar
    como de entrega
    à poesia...
    ...
    ...e eu
    sou sou um gesto
    da tal de saudade
    que se escreve
    a...
    ... grafite.

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  2. I Maltez

    Como são belos os teus versos. Dão-me uma força estranha para a vida. Obrigada.
    MHB

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