XLVII   Belo navio que me trouxeste seguindo de perto as costas da Jónia, entrego-te às vagas cintilantes. É, com pé ligeiro, que salto...

     Duas linhas de cor ao alto e no meio um pedaço de alguém A seta é escura      O pássaro fugiu de noite Eu encontrei-o quando ele não es...

   vai-se perdendo a voz quase silêncio um corpo agora oco     gasto     frio a morte é uma cor que foi escolhida para encontrar a direcção ...

   […] O ar que, dentro dos pulmões, circula altera-se. É o mesmo das imagens, denso; as árvores, o ferro, o seu vapor de enxofre: os dias m...

    A renúncia é a libertação. Não querer é poder.     Que me pode dar a China que a minha alma me não tenha já dado? E, se a minha alma mo ...

     Lá anda a minha Dor às cambalhotas No salão de vermelho atapetado – Meu cetim de ternura engordurado, Rendas da minha ânsia todas rotas...

   1.   Isso de que gostámos tanto; impulso sem que o fim, que dizem tão preciso, se notasse; um beijo pela troca; pedra no chão ainda; um r...

    Tua boca é um dia estreito cheio de moscas   De noite tem a cor azul-verde dum veneno como o mar.     pedro oom actuação escrita & e...

   Com água no bico aves marinhas combatem o incêndio do crepúsculo         Sete da manhã O sol acorda com olheiras enormes       jorge de s...

     Dorida visão, esta pobre velha à saída do salão de beleza. apesar dos muitos e pesados passos que deixou na terra, ainda encontra força...

                       [ para o Fernando Guerreiro ]                           Não mais a literatura, os seus fúteis e imperiosos desígnios...

     Um louco tocado pela maldição do céu canta humilhado a uma esquina as suas canções falam de anjos e coisas que custam a vida ao olho hu...

     As páginas de um livro de Baroja à sombra de uma árvore no verão. Um poema de Octávio Paz, de Larkin, de Pessoa ou do meu amigo d’Ors, ...