o revólver de um ferro subcutâneo o excelente amor intravenoso o tribunal de oitava e nona instância um louco vinte vezes furioso   te...

    gaivotas entrando dentro de casa no seu canto memoriado não porque haja no mar tempestade mas porque é Porto meu afinal sempre meu e con...

      NUNCA SOUBE DIFERENCIAR O POEMA do mundo nem do meu corpo mal distingo um cais ou o peso de um entardecer da pele avultada que arredon...

  Todo o espaço é uma linha no centro do átomo a que se reduz cada homem, no seu canto de solidão. O horizonte, que nos parece imenso com o ...

      Dignidade simétrica bem partilhada Entre a velhice das ruas E a juventude das nuvens Janelas fechadas mãos trémulas de claridade Mãos ...

    3/ Aquilo levanta-se. O quê? Sim. Dizer que se levanta e fica de pé. Teve de se levantar por fim e ficar de pé. Dizer ossos. Ossos nenhu...

      Não busques nos meus lábios a tua boca, nem diante do portão o forasteiro, nem no olho a lágrima.   Sete noites mais alto muda o verme...

      hoje, dia de todos os demónios irei ao cemitério onde repousa Sá-Carneiro a gente às vezes esquece a dor dos outros o trabalho dos out...

      A memória de não ser amado ascende no calor do verão como escapar ao laço do outro?   As aves por exemplo será que aprendem a sua form...

      Um colo ficou vazio, intacto na noite, quando te foste em direção a outras noites, e o silêncio ficou a arejar-me o peito que já não t...

      Num país que não é o meu O vento continua a soprar As árvores dão frutos O sol nasce O rio corre O mar ruge A chuva cai As pessoas con...

      A morte está agora diante de mim como a saúde diante do inválido, como abandonar um quarto após a doença.   A morte está agora diante ...

    A beleza protege-te destrói-te A ela te submetes dela vives Ama-la sobre tudo Queres vê-la nos corpos e nos versos dela filhos   Para qu...