Foi há cerca de um ano que eu os vi, onde o granito e a luz são consanguíneos. Seguiam abraçados um ao outro, o pensamento pos...

A leitura dos jornais, sempre penosa do ponto de ver estético, é-o frequentemente também do moral, ainda para quem tenha poucas preocu...

a melodia é para a árvore e folhas; a leitura, a escrita, para o rosto entre ambas; o texto, ao entrar na árvore, sai paisagem. Resta-...

.11. Na noite cintilam entre paredes os despojos da pele e uma labareda devastando os ossos dispara a cegueira. Infinit...

2. Depois da tempestade é mais difícil continuar fiel ao fogo, encontrar um refúgio nas cinzas deste vulcão silencioso. O tempo ...

     Que conta a nossa inocência, que conta a culpa? Tudo é      nu, ninguém escapa. E vem de onde a coragem: a pergunta sem r...

Era por aí que se devia ter começado: o céu. janela sem parapeito, sem caixilho, sem vidros. A abertura e nada para além dela, ...

Recorda-os, antes que o álcool os leve ou a memória os maquilhe e confunda, antes que sejam sonhos esquecidos, as marcas de um...

Chove muito, mais, sempre mais... Há como que uma […] que vai desabar no exterior negro... Todo o amontoado irregular e montanhoso d...

Vais pensar que fui eu que te escolhi. Eu. Tu. Tu que és a cada instante o todo de ti mesmo em relação a mim, e é assim seja o que...

Não sei, meu amigo, o que irradiava mais calor, se a chávena escaldada, se o cimbalino fervente, se as conversas sobre livros d...

Quando regressa Maio esqueço sempre que o inverno me dizimou a hoste. Sonho com sangue quando Maio me faz jovem e não conto com ...

2                 O abismo ensinou-me que não podemos compreender um problema a não ser por intermédio de um outro problema e atra...