III Espelhos: o que sois na vossa essência, nunca ninguém saberá explica-lo. Como os furos do crivo, sois a ausência, do temp...

Vozes ideais e amadas daqueles que morreram, e daqueles que são para nós perdidos como os mortos. Às vezes nos nossos sonhos f...

Escolho sempre um nome que me soe amante retrato de homem nascido «em plena guerra», de esparsas relíquias Incêndio e incendiado...

    41 Sento-me à porta de casa e penso. o céu onde começa? é imediatamente acima do chão? do outro lado da minha casa passa o rio. ...

Ver o cortejo de cedros e acreditar que é o cenário. Depois estender a mão através da longa perspectiva oblíqua e poder palpar...

Terror de te amar num sítio tão frágil como o mundo. Mal de te amar neste lugar de imperfeição Onde tudo nos quebra e emudece ...

Começar, recomeçar, interminamente repetir um monótono romance, o romance da minha vida. Com palavras iguais, inalteráveis, semelh...

Há uma pena na minha almofada. As almofadas são feitas de penas, vai dormir. É uma pena grande, negra. Vem deitar-te e dor...

Olha, lá vem o barco que traz sonhos e sacas de feijão… Porque há ainda tanto frio, agora que tudo adormeceu? Lá em cima o v...

Como Diógenes a Alexandre, só pedi à vida que me não tirasse o sol. Tive desejos, mas foi-me negada a razão de tê-los. O que achei mais...

6 morriam longas cobras de água verde a estibordo dos lábios e o nácar dos dentes fendia a geada navegávamos sem bússola um dent...

II Minha cabeça estremece com todo o esquecimento. Eu procuro dizer como tudo é outra coisa. Falo, penso. Sonho sobre os treme...

Estase na escuridão. Depois a bátega de um azul Imaterial sem fragas nem distância. Leoa de Deus, Como fomos sendo uma só, ...