11 junho 2017
álvaro de campos / dobrada à moda do porto
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Um dia, num restaurante, fora do espaço e do tempo, Serviram-me o amor como dobrada fria. Disse delicadamente ao missionário da c...
10 junho 2017
luís vaz de camões / se as penas com que amor tão mal me trata
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Se as penas com que Amor tão mal me trata Permitirem que eu tanto viva delas, Que veja escuro o lume das estrelas, Em cuja vist...
1 comentário:
09 junho 2017
jaime garcia-maíquez / a lua
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É outra vez a lua, a de sempre a de toda a vida: a lua dos séculos vindouros, a lua medieval, a que brindava com a sombra de ...
08 junho 2017
antónio josé forte / mar de ninguém
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No mar de ninguém o navio fantasma e a sua hélice de sangue à distância de um tiro onde é a entrada abrupta dando para o torso ad...
07 junho 2017
ángel crespo / meditação do mortal
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Morrer será como fechar o livro, mas não será como apagar a luz ou beber o último gole. Será, para quem vai juntando...
06 junho 2017
paul claudel / o mundo é tão belo
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9 Ah o mundo é tão belo que é preciso colocar aqui alguém capaz de não se mover de manhã até à noite paul c...
05 junho 2017
e e cummings / há pouquíssimo tempo
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50. há pouquíssimo tempo, isto é, uma vida, ao caminhar no escuro encontrei-me com cristo jesus) o meu coração saltou-me ...
04 junho 2017
alberto caeiro / pobres das flores nos canteiros dos jardins regulares
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XXXIII Pobres das flores nos canteiros dos jardins regulares. Parecem ter medo da polícia... Mas tão boas que florescem do mesmo ...
03 junho 2017
herberto helder / fonte
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III Ó mãe violada pela noite, deposta, disposta agora entre águas e silêncios. Nada te acorda – nem as folhas dos ulmos, nem os...
02 junho 2017
antónio franco alexandre / duende
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3. Fica dentro de mim, como se fosse eterno o movimento do teu corpo, e na carne rasgada ainda pudesse a noite escura ilumi...
01 junho 2017
josé tolentino mendonça / o grito
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Dos dias, sim, mas das noites quem pergunta pelo nome essas flores selvagens (seriam flores?) trazidas pelo teu assobio ...
31 maio 2017
konstandinos kavafis / muros
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Sem circunspecção, sem mágoa, sem pejo grandes e altos em redor de mim construíram muros. E fico e desespero agora no que vejo....
30 maio 2017
edna st. vincent millay / para um jovem poeta
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O tempo não consegue separar a asa de uma ave da ave. Ave e asa, em completa junção, Descem, e uma só pena são. Nada que no ar ...
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