13 janeiro 2016
fiama hasse pais brandão / a folha viva
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Mantêm-se o ramo vivo da verdura. A folha cai, repõe-se, a copa reverdece, o seu volume sobe. Nada é efémero sob o tom da luz...
12 janeiro 2016
marcos tramón / desalojamento
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Hoje amanheci triste. Nem sequer a manhã, insensível, me comove. Hoje amanheci comigo ao lado, triste, feridamente triste, como...
11 janeiro 2016
marin sorescu / olha...
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Olha, as coisas Estão cortadas ao meio, De um lado elas Do outro o seu nome. Há um vasto espaço entre elas, Espaço para cor...
10 janeiro 2016
cristovam pavia / nocturno
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Dorme no jardim público Cheio de noite e de sonho E o banco abandonado É uma varanda para as estrelas… A vida passa por ali C...
09 janeiro 2016
tiago fabris rendelli / para leopoldo maría panero
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eletrochoques ritmam a melodia, já não tenho mais corpo, meus olhos se fundiram para além das janelas sujas do teu quarto. es...
08 janeiro 2016
manuel antónio pina / os tempos não
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Os tempos não vão bons para nós, os mortos. Fala-se de mais nestes tempos (inclusive cala-se). As palavras esmagam-se entre o silên...
07 janeiro 2016
a. m. pires cabral / epígrafe
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Se algum dia alguém chegar a ler este dizer agreste, provavelmente pensará: que pálida lanterna; não é deste metal que a luz é fe...
06 janeiro 2016
manuel de freitas / largo do peneireiro
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[para a Inês] Tudo se perde, claro. Mas lembrarei seguramente os olhos vermelhos ...
05 janeiro 2016
manuel a. domingos / soneto
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Nunca procurei enganar a vida e não vou dizer que ela me enganou Não: a vida tem sido honesta comigo O problema é dar-l...
04 janeiro 2016
sylvia plath / tu és
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Como um palhaço, contentíssimo, mãos no chão, Pés para as estrelas, cabeça como a lua, Com guelras como os peixes. O uso comum de u...
03 janeiro 2016
josé gomes ferreira / comício
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Vivam, apenas. Sejam bons como o sol. Livres como o vento. Naturais como as fontes. Imitem as árvores dos caminhos que dã...
02 janeiro 2016
franco loi / dióspiros, frutos de deus sobre manteiga de neve,
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Dióspiros, frutos de Deus sobre manteiga de neve, como maçãs-laranjas que um envidraçado ar de pensamentos baloiça no mar de nuvens...
01 janeiro 2016
alberto caeiro / se eu morrer novo
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Se eu morrer novo, Sem poder publicar livro nenhum, Sem ver a cara que têm os meus versos em letra impressa, Peço que, se se quis...
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