24 janeiro 2022

marina tzvietáieva / à vida

 
 
Não colherás no meu rosto sem ruga
A cor, violenta correnteza.
És caçadora – eu não sou presa.
És perseguição – eu sou fuga.
 
Não colherás viva minha alma!
Acossado, em pleno tropel,
Arqueia o pescoço e rasga
A veia com os dentes, o corcel
 
Árabe.
 
 
 
marina tzvietáieva
poesia da recusa
trad. augusto de campos
perspectiva
2011




 

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